18 de mar. de 2009

O Deus é um só

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Sou católica, não vou muito à igreja, porém, fiquei envergonhada com a atitude tomada semanas atrás... todo mundo sabe: o arcebispo de Pernambuco excomungou a mãe da menina de 9 anos, que estava grávida de gêmeos por conta de um estupro feito pelo padastro (!!!!!!!!). A atitude se deu porque a mãe permitiu o aborto (permitido por lei em casos de estupro e risco de morte - a menina se encaixava nos dois quesitos). O tal arcebispo também excomungou todos que permitiram o aborto (médicos etc etc etc).

Pois bem, gostei muito de um comentário que Arnaldo Jabour fez no Jornal da Globo sobre o caso. Afinal, quem fez as leis de Deus, tão aclamadas e defendidas pelo arcebispo, foram os homens.

Eu penso que Deus, o Deus que é um só, de todas as religiões, em sua bondade, não ia permitir que uma criança gerasse duas crianças, filhas de quem ela deveria ter como seu pai... e assim, essa criança perderia sua infância... fora que poderia perder sua vida...

Será que isso não conta?

Gente, é uma criança, de 9 anos! Como uma menina, que mal se transformou fisicamente, pode ter condições, tanto físicas e emocionais, de ter filhos?

Não tem como... tantas mães no mundo preparam-se durante anos para ter filhos, aí vem um cara, um sem-vergonha, e estupra uma criança?

Onde estamos?

Coitada dessa menina... espero que o tempo consiga amenizar as conseqüências de tudo que aconteceu com ela...

17 de mar. de 2009

Sementes

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"Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário."
Steve Jobs, criador da Apple.
Disponível em: http://vocesa.abril.com.br/evolucao/aberto/ar_80039.shtml

Sabe, não se reprima. Não se recrimine. Não se coloque pra baixo.
Eu acredito em mim, mas eu não me contento com o hoje.
Não tenho os elogios como um ponto final e o término de tudo - "Pronto, fiz minha parte!"
Não! Se os elogios vieram é porque as pessoas acreditam em você. E, caso ofereça pouco... não estará à altura do que é capaz.

Sementes bem plantadas, tratadas e adubadas garantem os melhores frutos, porém, elas dependem de outros fatores como o clima. Ou seja, é preciso aproveitar os bons tempos, as boas oportunidades.

13 de mar. de 2009

Sou brasileira, não desisto nunca!

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Uso esse título neste post não pra fazer menção à pobreza, falta de oportunidades e tantas outras coisas ruins pelas quais o brasileiro passa e o tal clichê da velha propaganda faz menção. Sim, porque era esse sentido né. Na época, lembro que foi comentado esse sentido... parecia que o governo queria maquiar os problemas sociais. Mas, enfim, tirando esse sentido da propaganda, o brasileiro (salvo alguns espertinhos, que se aproveitam do 'jeitinho' brasileiro) é um povo que luta sim...
Porém, esse não é o foco do texto... deixa pra outro dia...

Uso esse título para traduzir que, não só brasileiros, mas qualquer habitante da face da terra, precisa, nessa selva capitalista em que uns puxam o tapete dos outros, dar o melhor de si.
E não desistir nas primeiras oportunidades.

Sabe, eu acredito que a gente sempre vai ter o que a gente merece.
Pode demorar um pouco sim, mas, se as coisas viessem assim que a gente quisesse, não daríamos valor... Com dedicação, com esforço, fazendo o bem, dando o melhor de si, sendo honesto... eu acredito sinceramente que é possível colher sucesso. Um dia colhemos nossas melhores maçãs.
Mas, acima de tudo, é preciso acreditar em si. Entretanto, isto apenas não basta.
Se você não se esforça para ser o melhor, esqueça.

Não faz bem estagnar; logo vem alguém atrás e passa por cima de você. Fique ligado!

Se a gente pára de correr atrás de algo, a vida perde o sentido.
Não digo a ambição constante, que faz você esquecer da família, amor e amigos.
Mas é legal ter objetivos, traçar metas e querer sempre o melhor.
E isso inclui também o plano sentimental.

Eu acredito em céu e inferno. Porém, apenas ir rezar na igreja não faz eu ir pro céu.

Atitude!

11 de mar. de 2009

BRASILEIRA GANHA CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO

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Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 anos, estudante de direito, dançarina do Caldeirão do Huck.
VENCE CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO.
Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para todas as pessoas cultas, dentre elas, professore(a)s, pedagogo(a)s, juízes, etc., e todas pessoas um inteligentes deste país.
Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases.

REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES
Tema: 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ


PÁTRIA MADRASTA VIL

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios??
Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.

Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. Mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.


A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?


Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?

Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos...


Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'.

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco

2 de mar. de 2009

Depressão!

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É essa palavra que define o que senti ontem... o domingo à noite, por sí só, já é meio deprimente, porque você lembra que a vida boa do fim de semana acabou e tem que pular cedo para trabalhar. Tá, tudo bem, mas essa é só a velha preguicinha que todo ser humano (ou brasileiro?) tem.

Eu me senti deprimida após assistir ao Fantástico. Aliás, após assistir a uma reportagem em especial... a reportagem falava de uma região do Brasil onde as pessoas chegam a pagar 8 reais por um quilo de tomate, mais de 3 reais por um litro de gasolina... Credo!
A matéria mostrou uma mãe, com 3 ou 4 filhos, vivendo naquele meio do nada... numa terra que não dava nada, de tão seca... o marido tinha ido embora pra SP no fim do ano e não havia dado mais notícias... e a mulher vivia do Bolsa Família. Fazia arroz, feijão e farinha todo dia... Feijão com farinha no almoço. Arroz, na janta. Arroz com uma água amarela, porque a água não é limpa. Seu único 'luxo' era o caldo de galinha, sim, aqueles tabletes Knorr ou Maggi, para contentar a filha pequena, que dissolve o pequeno quadrado saborizado na água e saboreia seu caldo...
O sonho da menina é ter uma boneca que chora, mas a mãe não tem dinheiro para comprar para a filha...

E o governo se preocupa em financiar TV digital (ou o aparelhinho que vai converter a imagem analógica pra digital). E há projetos para trocar sua geladeira por uma que não agride o meio ambiente... aquela pobre mulher não tem nem uma geladeira. Aliás, me pareceu que nem energia elétrica tem lá.

Logo depois da matéria, comerciais: Big Brother Brasil... 12, 14, 16 participantes movidos pela vontade de ganhar um milhão ou se tornarem famosos... eu assisto às vezes, não nego...
Mas percebam o contraste...!
Toda aquela ambição versus uma pobreza sem noção!

Não é pra deprimir? Aonde esse mundo vai parar?

O que consola é que daqui a 5 bilhões de anos, segundo o Fantástico, o Sol engolirá a Terra.
Já estarei longe daqui.