29 de out. de 2009

Serão as mulheres as eternas insatisfeitas?

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Tem me faltado inspiração – pode ler tempo também – para postar aqui. Vamos ver se consigo fazer a minha fonte de ideias trabalhar novamente. Ontem à noite lembrei de um tema que eu queria comentar e compartilhar por aqui.

Semana passada, a revista Época, além dos 21 conselhos de personalidades, trouxe também uma matéria que talvez mereceria destaque na capa e também chamaria a atenção. O título era: Por que as mulheres são tão tristes?

“Um estudo americano de 37 anos ilumina um terrível paradoxo: objetivamente, a vida das mulheres jamais foi tão boa. Subjetivamente, nunca foi pior”. Essa era a frase de abertura da reportagem.

Com exemplos da vida real, o texto também mostra números de um estudo de Betsey Stevenson e Justin Wolfers, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. A pesquisa apontou um acentuado declínio da satisfação feminina nas últimas três décadas. Paralelamente, foi durante esse período que cresceram as oportunidades de trabalho, educação e, o mais importante: a liberdade de a mulher decidir sobre a sua própria existência.

“A cada ano que passa, menos mulheres se dizem felizes com a própria vida, enquanto um porcentual cada vez maior de homens afirma estar contente. Isso acontece com mulheres casadas e solteiras, com e sem filhos, bem ou mal empregadas, brancas ou negras, pobres e ricas. A insatisfação atinge todos os grupos e se torna pior à medida que as mulheres envelhecem. Quando jovens, elas se dizem mais realizadas que os homens. Pouco depois dos 40, isso já se inverteu”.

Por que tudo isso acontece? De acordo com o estudo, ainda não é possível apontar ao certo as razões com precisão.
Segundo a reportagem, “é o pesadelo da dupla jornada, física e emocional, que exaure as mulheres e destrói casamentos”.

É! A mulher pode ter conquistado a independência, tem lugar no mercado de trabalho, curte a liberdade sexual, deixa o casamento para mais tarde... mas, e as responsabilidades dentro de casa, para onde vão? Continuam no mesmo lugar! A atenção aos filhos continua existindo, o mercado precisa ser feito, a casa precisa ser limpa, o corpo precisa estar com tudo em cima, a pele tem que estar radiante e os cabelos brilhantes.

Fora a vontade (ou cobrança?) que a mulher tem em estar sempre atualizada, em ler o último livro do momento, fazer aquele MBA, aquela pós...

Ela também quer ter seus momentos de paixão, curtir a relação e ao mesmo tempo ter um tempo pras amigas, sair pra fazer algo e planejar aquela viagem.

Socorro!!!!!!! Quem inventou a liberdade feminina?


Ok, não quero ser trucidada! Que bom que nós mulheres conquistamos nosso espaço. E estamos nos fazendo respeitar. Entretanto, o caminho ainda é longo para a igualdade dos sexos. Afinal, quantas são as mulheres que conseguem dividir por igual as tarefas domésticas com os homens?

E a culpa, a tão grande culpa? Como faz?

Menos cobrança né gente... Na vida, é uma coisa de cada vez, e é preciso saber que, quando se abraça uma “causa”, automaticamente outras áreas de sua vida vão ficar de lado. De lado, não esquecidas.

Um dia de cada vez. Ainda está para nascer a Mulher Maravilha...

Mais felicidade e menos culpa! A saúde agradece!

22 de out. de 2009

Reclamamos de barriga cheia

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O mundo evoluiu. Os padrões de vida aumentara - para algumas pessoas, já que tantas outras ainda ralam muito durante o mês para dar conta de pagar as despesas básicas para se manter vivo com dignidade. A tecnologia insere no mercado novos modelos de celulares todos os dias. Computadores, televisores, o eletroméstico mais funcional, o apartamento mais luxuoso concebido pela construção civil, o carro mais caro da indústria automobilística.

Tudo isso para a minoria, afinal, os preços são altos - e os impostos, também. As necessidades básicas - luz, água, comida, gáz, escola - vêm em primeiro lugar. Quando e quanto sobra para o lazer, para os pequenos luxos, para o chocolate? Quem dirá para um carro ou a casa própria.

Manoel Carlos, assim como os outros autores de novela, possui o seu próprio estilo de criar seus folhetins. Helenas, um clima de romance e Rio de Janeiro são imprescindíveis no seu cenário. E, é claro, a classe alta. Não tenho acompanhado muito a atual novela para não ficar viciada. Se isso acontecer, largo tudo que estou fazendo para acompanhar o capítulo. E, hoje, tenho outras prioridades. Vejo a novela de vez em quando... alguns flashes, o fim de um capítulo, o início de outro... Por já ter acompanhado outras de suas histórias, conheço o estilo. O autor valoriza a ostentação. Já viu algum personagem pobre? É incrível. Outro dia, uma cena me chamou a atenção. Marcos, personagem do 'pegador' José Mayer falava com a esposa Helena, personagem de Taís Araújo, ao telefone. Ele estava no jóquei. A mulher 'cobra' então do amado: "Lembra que você me prometeu um (cavalo)?". Assim, como a gente diz pro namorado: "Lembra que me prometeu um chocolate?".

Esse núcleo da novela representa uma mínima parcela da população.

Entretanto, de praxe, ao final de cada capítulo, há sempre um depoimento de uma pessoa, real, que fala sobre um fato de sua vida, um fato de superação.

Histórias geralmente emocionantes e mais ainda por serem verdadeiramente verdadeiras. E pelo fato de que poderiam acontecer a qualquer um de nós.

Hoje, vi uma dessas histórias. Uma mãe contava sobre o incidente que aconteceu com seu filho ainda bebê. Devido a uma pneumonia forte e à demora a ser socorrido, a criança ficou em estado grave por cerca de 3 horas, o que diminuiu muito o oxigênio no seu cérebro. O menino cresceu com dificuldades, hoje já enxerga, mas não anda e nem fala. A mãe afirma que a criança luta e, com certeza, a família apoia.

No final do depoimento, aparece a mãe com o marido, a filha e o filho. Aquela cena me emocionou. Não é fácil criar um filho hoje, menos fácil ainda é criar um filho que tenha problemas, pois a sociedade é preconceituosa e muitas vezes não há estrutura.

Quantas crianças sofrem com esse tipo ou outro tipo de dificuldade? Quantas delas passam fome? Quantas não tem um brinquedo no Dia das Crianças?

E o que falar dos adultos... quantos vivem em situação relativamente difícil. Quantos idosos são abandonados e esquecidos em asilos?

Poderia listar aqui diversos outros problemas, mas não é cabível. Todos nós temos olhos e ouvidos para enxergar e saber a situação do mundo e seus problemas.

Longe de mim ser Madre Teresa de Calcutá ou bancar a Polyana... Porém, acredito que, muitas vezes reclamamos de barriga cheia. Principalmente quando nos preocupamos com o fútil... com aquela sandália nova, aquele celular da hora ou o carro do ano.

Muitas pessoas nunca vão chegar nem perto disso.

O mundo poderia deixar de ser tão egoísta.

Mudanças

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Nossa personalidade forma-se quando pequenos... Por isso reza o velho ditado: "é de pequeno que se torce o pepino". Sim, experimente convencer o seu avô de alguma coisa contrária à convicção dele - mesmo que essa convicção seja equivocada.

Entretanto, quando há algo em nós que não está certo, mesmo que esteja enfincado no mais fundo de nosso ser, temos que ficar atentos. Afinal, "o pior cego é aquele que não quer enxergar". E já diz outro: "errar é humano. Permanecer no erro é burrice". Todos temos o direito de errar. Sempre ouvi que errar é bom, pois é aí que você aprende.

Quando tudo conspira contra é chegada a hora de colocar a mão na cosciência e refletir: minhas atitudes estão realmente certas? Ajudam-me a viver melhor? Podem auxiliar no meu futuro, na minha carreira? Colocar a mão na consciência é sempre cabível. Refletir. Não é fácil admitirmos nossos erros. Mas, parte-se do princípio de que ninguém é perfeito, portanto sempre há o que melhorar no ser humano.

O mundo está cheio de gente mesquinha, egoísta, de gente com o ego maior que o próprio tamanho. E aí, acha-se no direito de pisar nos outros, de gritar a sua verdade aos quatro ventos.

É gente mal-amada mesmo.

Essa semana a Revista Época trouxe depoimentos de 21 de celebridades. Eles contam em poucas palavras sobre o melhor conselho que receberam. Juliana Paes, atriz global que foi estrela da novela Caminho das Índias fez um relato interessante, falando sobre o conselho que recebeu do pai dela. Ela, que sempre foi tímida, ouviu de seu pai que, sempre que fosse falar com qualquer pessoa, deveria manter sempre a mesma postura, por menor ou maior que tivesse a importância do seu interlocutor. Manter-se de cabeça erguida e com humildade, porque ninguém é melhor que ninguém. Somos todos iguais.

Tá aí um bom conselho a ser seguido por todos. Obrigada, Juliana, por dividí-lo. Sem dúvidas, somos todos iguais, e nada dá o direito a ninguém a destratar ou humilhar alguém.

Essa pessoa é, no mínimo, uma mal amada. Não merece um pingo de consideração.

É constrangedor manter a pose frente à antipatia. Mas, vamos exercitar!

Levantem a mão e lutem por um bom dia sorridente, um até logo, com licença e obrigada!

[Vamos cada um cuidar de suas vidas. Seria tudo tão mais fácil]

16 de out. de 2009

O que realmente importa?

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Tenho feito essa pergunta a mim mesma com muita frequência ultimamente. Quando eu era mais nova e estava decidindo por qual carreira optar, escolhi o jornalismo. Não lembro direito por que... Português sempre foi minha matéria preferida, gosto (e como!) muito de falar e conversar, assinei revista Capricho (como ela era interessante naquela idade!) aos 13 anos, gostava de ler livros, não só os do colégio, sempre fui estudiosa. Jornalismo era a primeira opção de minha mãe quando ela pensou em entrar na faculdade. Casou, adiou os planos, fez Letras e Mestrado, e vejo que a profissão de professora é mesma sua vocação hoje. Porém, sempre trocamos figurinhas. Prezo muito pelo bom texto – não sou perfeita, mas temos que melhorar sempre – e ela como professora de português também. Aí, sempre rolam as conversas, sobre textos, sobre fatos, sobre sugestões de pautas e, claro, as discussões sobre o mundo corporativo, o mundo do trabalho, meus anseios e sonhos.

Quando eu decidi pelo Jornalismo, queria ir pra Federal. Conheci o campus da UFSC quando estava no 2º ano do Ensino Médio e fiquei encantada pelo setor do curso de lá. Mandei cartas – ainda não utilizava o e-mail, a internet era discada – para várias das universidades federais do Sul, solicitando o material de cada uma, para ver onde tinha o curso tão sonhado. Por fim, acabei prestando vestibular só pra Santa Catarina mesmo. Recém-saída do terceirão, estudando em escola pública, prestei vestibular. Na época, o curso só perdia para Medicina em número de candidatos por vaga. Não passei. No ano seguinte, fiz um semestre de cursinho, mas, infelizmente, não deu de novo. Qual não foi a minha surpresa ao saber que eu poderia vir para Tubarão cursar Jornalismo na Unisul, depois de ser classificada pelo ingresso através do Enem, já que meus pais ofereceram a oportunidade.

Vim. No primeiro semestre, tive vontade de desistir. Depois, fui até o final, sempre me esforçando, buscando dar o melhor. Consegui estágios e fui tendo mais contato com a área. Aí é que está, eu, que na minha fértil imaginação quando mais nova sonhava em estar numa Rede Globo da vida, que imaginava Jornalismo apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, que me via cobrindo pautas e vivendo a vida de repórter, caí em assessoria. E do primeiro estágio ao atual emprego, continuo na assessoria. Aprendi muita coisa sozinha e buscando dicas com os mestres, afinal, só há uma cadeira – compartilhada – de Comunicação Empresarial na faculdade.

Porém, amo o que faço. Talvez extrapole mais o desejo de escrever mais neste Blog.
Mas, eu continuo sonhando. Querendo dominar softwares de planejamento gráfico e virar expert em Photoshop. Pensando nas cinco línguas que quero falar. Nos milahres de livros que quero ler. E nos diversos locais que quero conhecer.

A cabeça às vezes pira, de tanto pensamento.

Mas, as vezes eu grito, para tudo! Uma coisa de cada vez.
E me pergunto, afinal, o que importa?

Precisamos mesmo ficar pensando que só vamos ser felizes quando estivermos com uma carreira brilhante, andando com o carro do ano e tendo um apartamento com 3 suítes?

Ou o que importa é ter saúde, viver bem e estar perto de todos que amamos? Eu, por exemplo, amo estar com minha família. E isto não tem preço.

O que realmente importa?

15 de out. de 2009

A logo do Google

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"Quem acessou o Google nesta quarta-feira, pode ter encontrado alguma dificuldade de leitura. A página inicial do gigante de buscas modificou o seu clássico logo para homenagear o 57º aniversário do código de barras. E ao que tudo indica, a imagem estampada no site é a codificação da própria palavra 'Google'."

(Veja online - 7/10/2009)

No Twitter, serviço de microblog que só perde pro Orkut em termos de popularidade, a "nova logo do Google" foi um assunto bastante comentado.

Nova logo?

Desde que eu me entendo por "googleira", se o Google está com a logo alterada na página inicial de buscas é porque trata-se de uma data especial. Dia das crianças, dia dos namorados, homenagem à conquista das Olimpíadas, luto por acidentes aéreos (esse até na página inicial do Orkut vingou). Basta passar o mouse ali no Google e ele vai dar a legenda do porquê da logo alterada e linkar para páginas com assuntos relacionados.

Não entendi o porquê de tanto auê... uma passadinha de mouse ali em cima, e as dúvidas estariam sanadas... Não quero criar polêmicas, mas isso sinceramente me deixou sem entender a causa de tanto pânico e dúvidas a respeito da logo do buscador mais famoso do mundo.

5 de out. de 2009

Quem quer ser o mestre em tudo?

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Caçando duas raposas - http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/

O estudante de artes marciais aproximou-se do professor.

“Gostaria muito de ser um grande lutador de aikido”, disse. “Mas penso que devia também me dedicar ao judô, de modo a conhecer muitos estilos de luta; só assim poderei ser o melhor de todos”.

“Se um homem vai para o campo e começa a correr atrás de duas raposas ao mesmo tempo, vai chegar um momento em que cada uma correrá para um lado, e ele ficará indeciso sobre qual deve continuar perseguindo. Enquanto decide, ambas já estarão longe, e ele terá perdido seu tempo e sua energia”.

“Quem deseja ser um mestre, tem que escolher apenas uma coisa para aperfeiçoar-se. O resto é filosofia barata”.



Espero que eu me convença disso. Minha saúde agradece.