16 de out. de 2009

O que realmente importa?

Tenho feito essa pergunta a mim mesma com muita frequência ultimamente. Quando eu era mais nova e estava decidindo por qual carreira optar, escolhi o jornalismo. Não lembro direito por que... Português sempre foi minha matéria preferida, gosto (e como!) muito de falar e conversar, assinei revista Capricho (como ela era interessante naquela idade!) aos 13 anos, gostava de ler livros, não só os do colégio, sempre fui estudiosa. Jornalismo era a primeira opção de minha mãe quando ela pensou em entrar na faculdade. Casou, adiou os planos, fez Letras e Mestrado, e vejo que a profissão de professora é mesma sua vocação hoje. Porém, sempre trocamos figurinhas. Prezo muito pelo bom texto – não sou perfeita, mas temos que melhorar sempre – e ela como professora de português também. Aí, sempre rolam as conversas, sobre textos, sobre fatos, sobre sugestões de pautas e, claro, as discussões sobre o mundo corporativo, o mundo do trabalho, meus anseios e sonhos.

Quando eu decidi pelo Jornalismo, queria ir pra Federal. Conheci o campus da UFSC quando estava no 2º ano do Ensino Médio e fiquei encantada pelo setor do curso de lá. Mandei cartas – ainda não utilizava o e-mail, a internet era discada – para várias das universidades federais do Sul, solicitando o material de cada uma, para ver onde tinha o curso tão sonhado. Por fim, acabei prestando vestibular só pra Santa Catarina mesmo. Recém-saída do terceirão, estudando em escola pública, prestei vestibular. Na época, o curso só perdia para Medicina em número de candidatos por vaga. Não passei. No ano seguinte, fiz um semestre de cursinho, mas, infelizmente, não deu de novo. Qual não foi a minha surpresa ao saber que eu poderia vir para Tubarão cursar Jornalismo na Unisul, depois de ser classificada pelo ingresso através do Enem, já que meus pais ofereceram a oportunidade.

Vim. No primeiro semestre, tive vontade de desistir. Depois, fui até o final, sempre me esforçando, buscando dar o melhor. Consegui estágios e fui tendo mais contato com a área. Aí é que está, eu, que na minha fértil imaginação quando mais nova sonhava em estar numa Rede Globo da vida, que imaginava Jornalismo apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, que me via cobrindo pautas e vivendo a vida de repórter, caí em assessoria. E do primeiro estágio ao atual emprego, continuo na assessoria. Aprendi muita coisa sozinha e buscando dicas com os mestres, afinal, só há uma cadeira – compartilhada – de Comunicação Empresarial na faculdade.

Porém, amo o que faço. Talvez extrapole mais o desejo de escrever mais neste Blog.
Mas, eu continuo sonhando. Querendo dominar softwares de planejamento gráfico e virar expert em Photoshop. Pensando nas cinco línguas que quero falar. Nos milahres de livros que quero ler. E nos diversos locais que quero conhecer.

A cabeça às vezes pira, de tanto pensamento.

Mas, as vezes eu grito, para tudo! Uma coisa de cada vez.
E me pergunto, afinal, o que importa?

Precisamos mesmo ficar pensando que só vamos ser felizes quando estivermos com uma carreira brilhante, andando com o carro do ano e tendo um apartamento com 3 suítes?

Ou o que importa é ter saúde, viver bem e estar perto de todos que amamos? Eu, por exemplo, amo estar com minha família. E isto não tem preço.

O que realmente importa?

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