21 de set. de 2008

Eu por eu

Eu sou uma pessoa com sonhos, expectativas, medos e desejos, como qualquer outro ser humano. Sou uma mistura de emoções e sentimentos, explosivos e calmos. Tenho 22 anos, às vezes adulta, às vezes criança. Tudo depende da ocasião. Procuro me dedicar de corpo e alma ao que faço, pois o meio-termo não me satisfaz nem um pouco. Ao contrário, frustra-me. Chegar ao fim de uma tarefa, um trabalho, uma ação e ver que tudo saiu como eu queria me deixa muito realizada. Desejo muitas coisas para minha vida, de preferência para ontem. Tenho sede de saber, sede de realização, sede de conquista. Entretanto, consigo controlar a ansiedade, pois acredito que nossos desejos e objetivos precisam de tempo e dedicação para serem alcançados. Aprendi que ninguém consegue nada sozinho; também sei, porém, que não podemos esperar somente pelos outros. Confio na bondade do ser humano; entretanto, também conheço a existência daqueles que fazem o bem para os outros enquanto estes lhes trouxerem alguma vantagem. Demorei algum tempo para aprender algumas coisas, inclusive que esta palavra – tempo – é essencial e faz alguns ‘milagres’ na vida. Sou jovem, quero viver muito, intensamente, e sei que ainda vou aprender muito mais. Com todas essas constatações, chego à conclusão de que a vida é mesmo uma caixinha de surpresas. Apesar de clichê, a frase traduz tudo. A vida me ensinou e hoje acredito que cada pessoa no mundo é única e especial. E posso dizer que foi na faculdade de Jornalismo que esse conceito se concretizou mais em minha vida. Escrevi textos, gravei matérias e áudios, fotografei, executei projetos. De todas essas experiências jornalísticas durante o curso, posso dizer que a mais marcante foi fazer o meu projeto experimental de jornal: um livro com dez perfis de pessoas de minha cidade natal. Pessoas simples, como aquelas que encontramos na rua e oferecemos um sorriso ou um ‘bom dia’. Conheci seres humanos, suas histórias, seus medos e anseios, suas vitórias e derrotas. Senti emoção, vi as lágrimas e os sorrisos, tímidos ou largos, nas faces de cada um deles. Fui cúmplice de segredos, confidente por algumas horas. Percebi os mais diversos detalhes, os mais sutis gestos, as mais evidentes expressões. Foi quando tive certeza de que cada pessoa no mundo é única e especial e que, por mais simples e curtas que sejam suas histórias, todos têm uma para contar. E eu coloquei tudo no papel. É isso que me fascina no jornalismo: ser o observador dos fatos e conseguir relatar isso para os leitores. É a oportunidade que a profissão lhe proporciona: a não existência de rotina, as diferentes histórias e casos todos os dias, as palavras e frases no papel dando conta de tudo isto. O dom de escrever me realiza. O mais fascinante de tudo isto é que esse dom pode ser aproveitado em uma profissão. E poder fazer daquilo de que se gosta a carreira para a vida é mais fascinante ainda. Escolhi o jornalismo como profissão porque escrever é meu vício. Quero poder contar muitas histórias, vivenciar emoções, sentir o calor do acontecimento, estar em uma situação diferente a cada dia. E poder passar isso para os leitores, por meio das palavras.

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