25 de mar. de 2010

O Twitter e a exposição da vida na internet

As mídias sociais são um sucesso. Sua explosão começou com o Orkut, site de relacionamento no qual você tem um perfil e vira amigo só de quem quiser. Também escolher se vai compartilhar só com esse ou com toda a rede de usuários suas fotos, seus vídeos, recados e depoimentos.

Hoje, além do Orkut – que nos últimos tempos perdeu um pouco de sua audiência para outros sites – há o famoso Facebook e o Twitter, o queridinho da vez, que virou até fonte para notícias e é usado por anônimos e celebridades do mundo inteiro.

A proposta do Twitter é simples: escrever 140 caracteres. Compartilhar fotos, conversar, divulgar links. Etc. Tudo que você quiser, com limite de palavras.

As empresas têm explorado bem o Twitter: promoções, interação com o público-alvo, divulgação de novidades. Um canal muito bom para se aproximar do público “antenado” que está por trás das pouco menos de 140 letrinhas (espaços também contam, lembram-se?). Tem perfis que divulgam vagas de emprego, eventos, oportunidades, notícias. É uma maneira de filtrar as informações.

O G1 posta um link para uma notícia. Se a manchete te agradar, você clica e confere. Se não, simplesmente ignora.

Ainda não fiz um Twitter. Pode ser que eu venha a fazer, pode ser que não. Avalio a rede porque cuido de alguns perfis aqui na agência e pude conhecer mais a fundo a ferramenta. Ela pode ser viciante.

O que me chamou atenção hoje foi um link postado (no Twitter, sim!) a respeito da exposição que a ferramenta pode proporcionar, caso você não tome cuidado com o que digita no pequeno espaço e manda para o mundo. Uma mulher teve a casa assaltada. Escreveu em seu microblog que estava em Fortaleza e deixou a casa vazia. Bingo! Foi assaltada.

Aí, chega a sábia hora em que se deve pensar: qual a verdadeira finalidade do Twitter? Percebo pessoas escrevendo asneiras o dia inteiro. Ou citando fatos que não interessam a ninguém. Se fizéssemos um filtro, qual a porcentagem de conteúdo realmente relevante? Ok, existem momentos em que a seriedade e a formalidade podem ser deixadas de lado, porém, vale refletir sobre isso.

Como é o caso da mulher que citei. Quem está interessado em saber que ela foi pra Fortaleza e deixou a casa vazia? E qual o porquê de colocar isso na rede?

Todos se mobilizam para completar frases com tag do momento, como #soniaabraofacts ou #foraliabbb. Tudo bem, eu digo sim à liberdade de expressão!
Pena que essa força de mobilização não acontece para coisas mais importantes.

Um comentário:

Filipe disse...

Nem preciso dizer o quanto sou viciado neste microblog né? ahuahuaha

Mas acho interessante as pessoas terem um equilíbrio. Tudo que é demais, enjoa.

Costumo mesclar informação com lazer, flashes do cotidiado, etc... porém com cuidado, pois tudo que é dito pode ser usado contra você.

Esta mulher tuítou algo que não interessa para ninguém, um fato que não é curioso e nem engraçado (como ela sair para deixar a casa sozinha) e abriu brecha para assaltantes.

Nota 0 pra ela e para muitos outros que não sabem encontrar o equilíbrio, e usam todo o potencial da rede para 100% de inutilidades.