21 de fev. de 2011

Sobre a procrastinação

Pesquisas já comprovaram: o ser humano tem tendência à procrastinação. Sim, procrastinação, o ato de adiar e deixar tudo para depois – ou pior, para última hora, o que sempre acaba gerando estresse. Um estresse desnecessário se tudo tivesse sido feito seguindo exatamente o cronograma necessário.

Entre os meses de dezembro e janeiro, aquela vontade de fazer diferente fica no ar. Praticamente todos nós fazemos planos, traçamos metas, estabelecemos objetivos. Tudo lindo e maravilhoso. Infelizmente, a concretização de tudo isso esbarra num empasse, já que costumamos deixar tarefas chatas ou difíceis para depois. E o caminho para concluir nossos objetivos não é feito só de flores. Depois de 12 meses, pode ser provável que nada tenha mudado tanto e a vida parece estar sempre igual.

Depois dessa constatação, é impossível não deixar o sentimento de culpa tomar conta de nós. A frustração pode ser grande – e consumir nossas energias. Perguntas são inevitáveis. “Por que não fiz diferente?”. “Por que não perdi menos tempo com coisas desnecessárias?”. Por que não fui capaz de seguir meus objetivos?”. É o velho sentimento de chorar o leite esparramado e lamentar por aquilo que não tem mais remédio.

O jeito é fazer diferente. Tentar, pelo menos. Lamentar, nesse caso, é perder tempo. Como posso mudar minhas atitudes? De que maneira posso organizar melhor meu tempo? Talvez seja necessário, antes de traçar as metas, estabelecer mudanças no modo com que você lida com o seu tempo. A procrastinação tem a ver com o jeito que você lida e organiza seus horários. Ter em mente que será melhor se livrar de uma tarefa o quanto antes, procurar se lembrar da culpa que você sente quando boicota a si mesmo e saber o quanto o sentimento de frustração faz mal podem ser alguns antídotos para fazer diferente. Lembre-se que, depois que toda essa filosofia sai do papel, não é fácil praticá-la. E quem disse que seria? Boa sorte.

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