11 de out. de 2010

Os adolescentes de hoje

Quando eu paro para analisar os adolescentes de hoje, eu fico me perguntando: será que eu era assim? Difícil falar de uma fase considerada “complicada” e cheia de dúvidas para nós. Os pais parecem ser ditadores, os amigos são os melhores do mundo – e temos certeza de que a amizade durará para sempre -, a escola é legal e ao mesmo tempo chata, descobrimos as delícias e as amarguras que envolvem os sentimentos e não sabemos se queremos ser engenheiros, professores ou alguém famoso.

O fato é que a fase é complicada, mas não é o fim do mundo. Acredito que tudo depende de como é a relação com a família, da educação que lhe foi dada, dos valores que lhe foram repassados. Aliás, isso pode ditar os rumos de uma pessoa pela vida inteira, afinal, como já diz o ditado, “é de pequeno que se torce o pepino”.

Entretanto, aos meus olhos, a maioria dos adolescentes tem se tornado cada vez mais fútil. Bons livros já não importam – vale mais a revista que traz o pôster do ídolo do momento. Internet talvez só sirva para a pesquisa no cômodo movimento copiar/colar. É mais interessante ficar no Twitter enviando milhares de mensagens para ídolos que sequer sabem que você existe. Ou fazer pose de rebelde no Orkut, chegando ao cúmulo do exibicionismo.

Pode ser uma crítica dura, mas o que vejo por aí, infelizmente, é isso. Seria mais interessante que esses jovens despendessem seu tempo livre para outras coisas. Não precisam simplesmente se tornarem monges tibetanos e não ter momentos de ócio. Afinal, todos nós dispensamos alguma parte de nosso tempo para futilidade ou inutilidade. Faz bem não se cobrar o tempo todo. Mas também faz bem ter responsabilidades, ajudar os pais em casa e saber que a vida não é fácil. Não se vive só de ídolos e suspiros. A vida real é bem diferente.

Lazer e diversão, responsabilidade e concentração. Tudo isso é bom, na medida certa. Não é lição de moral, é fato.

Além disso, é bom ter personalidade também. Se você observar os grupinhos, verá que são todos iguais. Roupas coloridas, cabelos escuros, pulseiras que são febre. Não importa qual é a moda, eles andam iguais. Será que curtem tal estilo ou só fazem isso porque todos estão agindo daquela maneira? O que é importante: assumir o seu jeito ou copiar os outros só porque é a “mania” da hora?

O importante é manter o diálogo em casa. Pais e filhos precisam manter um diálogo aberto, constantemente. Seja sobre sexo, educação, lazer, estudos. Tudo isso vai se refletir no desenvolvimento do jovem no futuro e na formação do seu caráter - pode apostar que sim.

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