1 de dez. de 2010

Comportamentos inaceitáveis

Parece que o bom senso e a educação estão virando itens de luxo. Daqui a alguns dias, podem até virar raridade. São comportamentos que estão ficando esquecidos no fundo das mentes das pessoas – e talvez em algumas eles nunca tenham se manifestado. Se somos 6 bilhões de pessoas no planeta, fica claro que viver em harmonia com os que estão ao nosso redor é extremamente necessário. E respeitar os limites dos outros deveria ser tarefa obrigatória.

Deveria, mas, não é. Infelizmente, parece que falta noção para alguns indivíduos. Só isso explica certos comportamentos deprimentes que vemos por aí, como som alto além da conta, buzinas em locais inapropriados e perturbação em horários inaceitáveis. Falo isso por experiência própria, já cansei de perder sono por conta de indivíduos que não têm o que fazer – a não ser, é claro, perder completamente a noção e causar incômodo aos outros. Isso sem falar da depredação de banheiros, rodoviárias, orelhões, pontos de ônibus – tudo que é público, que é do bem comum. Sem citar, ainda, o lixo no chão da praça, da rua, da escola – tudo também do bem comum.

Gostaria de saber se as mesmas pessoas que passam dos limites fazem isso em suas próprias casas. Se perturbam o sono dos pais, se jogam lixo na cozinha de casa, se estragam seu telefone. Engraçado é que ninguém para para pensar que há pessoas dormindo e que precisam trabalhar, que nem todo mundo tem dinheiro pra manter um celular e precisa de um orelhão, e que o lixo jogado hoje no chão pode trazer consequências sérias, para todos, amanhã. Não, egoísmo e egocentrismo vêm em primeiro lugar.

Realmente, a noção de viver em sociedade, o bom senso e a educação parece que estão se perdendo. Talvez por que não exista medo, e sim a certeza da impunidade, e a “sede de emoção”. Sede de emoção? Várias outras coisas causam emoção na vida – sem depredação ou extrapolação de limites. Visitar um abrigo de velhinhos, ajudar uma creche carente ou prestar um serviço voluntário também pode causar emoção. Assim como um livro e um filme. E a certeza de que se está fazendo a coisa certa. Sem incômodo, sem baixaria, sem desrespeitar limites. Parece miraculoso? Eu ainda sonho com um mundo assim.

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