Começo esse post com uma pergunta indispensável hoje, já que estamos vivendo o momento da explosão das mídias sociais: é possível dissociar a imagem do veículo para o qual se trabalha na hora de usar as mídias sociais?
Creio que essa é uma questão importante e merece reflexão. Hoje a internet dá voz para todos, através de blogs, Twitter, Orkut, Facebook, etc. O jornalista não fala apenas através das linhas que escreve no jornal ou da reportagem que grava para a televisão. A web nos dá inúmeras maneiras de expressar nossas opiniões e impressões sobre o mundo.
Seria contraditório você discordar do jornal para o qual trabalha, através de opinião emitida no Twitter? Como fica a ética nesses casos?
Polêmica recente fez com que um diretor da Locaweb fosse demitido. A empresa tinha um contrato de publicidade com o São Paulo. Um diretor comercial da empresa – corintiano – escreveu frases provocativas contra o São Paulo, consideradas ofensivas pelos são-paulinos. A polêmica se espalhou rapidamente e não adiantou tentar apagar o fogo deletando as frases... por fim, o tal diretor corintiano foi demitido.
Lei mais aqui.
Na semana passada, o jornalista Felipe Milanez, da revista National Geographic, foi demitida devido às críticas feitas à revista Veja no Twitter. Para a professora de mídias sociais da ECA-USP, Beth Saad, é impossível que jornalistas dissociem sua imagem do veículo para o qual trabalham na hora de usar o microblog. Leia mais aqui.
A questão é complicada. E quanto mais popularidade o jornalista tiver, mais cuidado precisa ter ao usar a ferramenta. O jornalista forma opinião. O profissional acaba carregando a “cara” da empresa consigo. Ou não seria no mínimo contraditório você ver o Willian Bonner reclamando da Globo em seu Twitter?
Bom senso é fundamental. Ele pode garantir seu emprego. Pode ser censura? Pode. Mas se não concorda com alguma coisa em sua empresa, há outras maneiras de se mostrar insatisfeito.
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