15 de jun. de 2010

Mais uma copa do mundo

O Brasil não tem apenas um técnico de futebol e sim, uns 170 milhões de técnicos. Ou, que pensam ser técnicos. Gostando os brasileiros ou não, o técnico da seleção, atualmente, é o Dunga.

Não quero fazer daqui um espaço pró-Dunga. Mas olha que é difícil né? Sei lá, minha gente. Primeiro foi a pré e a pós-convocação. Muitos palpites dizendo que ele deveria ter levado fulano ou ciclano. Deve ter tido até aqueles mais fanáticos que acharam uma injustiça não levar o moleque do bairro – que, segundo eles, bate um bolão. Já disse alguém por aí que se Dunga fizesse a vontade de todos, mais ou menos uns três aviões teriam levado jogadores à África do Sul. Óbvio que iria agradar a alguns e desagradar a outros. Mas a decisão é dele. Não vou julgar se errou ou não, até porque minha especialidade não é futebol. Porém, acredito que a escolha é dele. Morram de inveja ou não, o técnico é ele e poder é dele. Bah, até de burro ele foi taxado. Putz, pesadinho não? Sei lá!

Aí hoje todo mundo deixa seu trabalho, veste a camisa e grita Brasil! Uhull! Nossa estreia na Copa. Eita, quase que eu morri do coração, minha gente! Assim como muitos por aí, eu esperava uma goleada. Não deu. 2 x 1. Ganhamos e o time poderia ter jogado melhor no primeiro tempo, não? Mas, está feito. Tem muito jogo vindo por aí.

E durante e após o jogo, indignação. “Não jogaram nada” ou “Estão comemorando o que?”. Ai, sei lá, deve ser porque estou de TPM, mas olha... deu. Ficar dizendo que ele deveria ter feito isso ou aquilo não resolve. Dunga ficou entre um dos 10 assuntos mais comentados do Twitter. E, além do desempenho da sua seleção, seu visual virou motivo de conversa. Aff!

Sabe por que isso tudo me irrita? Porque nós, brasileiros, só mostramos nosso amor à pátria nessas horas. Daqui a alguns meses tem eleição e daí, como vai ser? Cadê a consciência na hora de escolher o candidato? Cadê a coragem pra bater no peito e sair às ruas? Espero que o Twitter tenha a mesma força durante as eleições para mostrar que nós não somos burros e estamos de olhos bem abertos. Protegidos pela tela, seguidos por alguns, talvez tenhamos a sensação de estar com a boca no trombone. Será? Que efeito essa mídia tão poderosa terá? Veremos.

No mais, vamos torcer pro Brasil. Se der, deu. Se não deu, paciência. Eu vou ficar bem triste. Vou sofrer a cada jogo, quase morrer do coração, dar gritos de alegria e indignação, xingar. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Mas nós não somos os mais especiais do mundo, somos?

[Ah, quer saber? Sei lá. Esquece. Não tô com cabeça pra isso hoje.]

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