26 de jul. de 2010

Educação? Se você tem, está rico

Hoje quero falar sobre educação. Não sobre escolas, matemática, tarefas, provas ou livros didáticos. Não sobre conhecimento ou carga intelectual, tampouco sobre as notas de boletim ou o desempenho no vestibular. Não. Os resultados positivos da maratona escolar vêm de dedicação e vontade – não caem do céu.

A educação da qual quero falar é aquela que também pode ser bom senso ou noção de realidade. É a educação que quatro adolescentes não tiveram semana passada. É a falta de reflexão que faltou a eles ao cometerem atos de vandalismo na última quarta-feira à noite (21 de julho). Por volta das 22 horas, numa ação rápida, eles jogaram tijolos contra os vidros da Escola Professora Maria Emília Rocha, em Tubarão, quebrando cerca de 30 janelas.

A festinha deles só acabou quando uma vizinha acionou a polícia. Porém, protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, por serem menores de idade (menores até que ponto?) nada de grave deve acontecer a esses quatro vândalos.

Eu me pergunto o que leva as pessoas, sejam elas menores de idade ou não, a ultrapassarem radicalmente os limites do bom senso e a deixarem de lado qualquer resquício de educação, agindo como verdadeiros monstros, animais, marginais. Várias vezes, perto de onde resido, já presenciei cenas desse tipo, que me levam a pensar o que certas pessoas têm na cabeça. As cenas lamentáveis que vejo e que me indignam são de desocupados, que saem às ruas bebendo, gritando e perturbando o sossego alheio nas horas mais inoportunas. Essa noite, por exemplo, parou um carro próximo de minha casa e, com certeza, embalados por álcool, ligaram o som no máximo volume – e gostaria de salientar que máximo, é máximo mesmo – por alguns segundos, com a sede de incomodar, com a certeza da impunidade.

Vejo e fico sabendo de muitas atitudes lamentáveis. Talvez um policiamento maior nas ruas ajudasse. Ou circuito de câmeras de segurança. São apenas suposições. Mas o remédio que com certeza ajudaria a reverter de maneira estrondosa esse quadro seria boas doses de educação.

Educação vem do berço, vem dos pais, vem da família. É em casa que valores como respeito, bom senso e cordialidade devem ser ensinados. É somente em casa que os adolescentes vândalos de Tubarão poderiam aprender que vidro custa dinheiro e que alguém terá que pagar o preço da reforma.

Não adianta deixar para a escola o papel que é da família. É de pequeno que se torce o pepino.

PS: A partir de hoje, vocês podem conferir textos meus no Portal Contato. Vou manter uma coluna por lá e vocês podem acessá-la clicando aqui.

Um comentário:

Vanessa de Oliveira disse...

Com certeza nenhum dos meninos que jogaram pedras estavam arrependidos. Fazem por prazer de estragar algo que não pertence a eles.
As vezes me pergunto onde o mundo vai parar. O governo deveria dar uma grande atenção nesta questão das escolas, tentar ensinar como ser um cidadão de respeito. Claro que muitas escolas devem passar isso, mas tem que fazer algo mais.
Concordo que educação trazemos de casa, mas algum órgão tem que comprar esta briga e fazer com que estas coisas melhorem. Por que senão futuramente será muito pior.