No último sábado, em meio a cobertas e devidamente farta depois de uma bela janta, assisti ao filme “Julie e Julia”, por indicação de uma amiga. Eu já tinha lido algo sobre a história em alguma Marie Claire desse ano.
Julie tem uma vida simplesinha - é atendente de telemarketing, vive em um apartamento em cima de uma pizzaria, tem um casamento estável. Suas amigas são super bem-sucedidas, atendem ligações de trabalho a toda hora, têm metas. Entretanto, Julie tem uma existência medíocre, sem perspectivas de melhoras.
Julia é uma famosa cozinheira americana, que lançou um livro de culinária que é uma bíblia para as americanas e ensinou receitas na televisão. Não viveram exatamente na mesma época, mas suas vidas ficaram ligadas - pelo menos para Julie. Cansada de nunca terminar nada em sua vida, Julie impõe a si mesma um desafio: fazer as mais das 500 receitas do livro de Julia em um ano. As experiências seriam compartilhadas em um blog.
O que mais chamou minha atenção no filme foi a atitude e a determinação de Julie. Ela colocou uma meta em sua vida e fez de tudo para cumpri-la. Tinha um compromisso com seus leitores. Mas o maior compromisso era com ela mesma. Queria sentir-se alguém, queria fazer algo que lhe desse orgulho, queria ter uma motivação, algo com o que se empenhar.
Legal acompanhar as vibrações dela a cada comentário, a felicidade ao acertar o ponto da receita, a alegria de preparar os pratos. Se, para alguns (como para a própria mãe) a ideia era bobagem, para Julie aquilo se transformou no objetivo de sua vida.
Não me admira que a história dela gerou um livro de sucesso e o filme que assisti. Nos EUA, o livro Julie e Julia esteve semanas na lista dos mais vendidos em Nova York e o filme também arrasou quarteirões. Isso reitera o que eu disse algumas vezes aqui no blog: ter atitude na vida é imprescindível para o sucesso. Julie não ia chegar a lugar algum com a frustração que tomava sua vida, carente de objetivos. É preciso se entregar, a pelo menos uma coisa, com amor e dedicação, com vontade. E paciência.
Talvez no começo ela nem tivesse ideia de que o fato de compartilhar as alegrias e as frustrações da culinária levassem-na tão longe. Mas ela fez algo diferente, foi empreendedora, dedicou-se a um talento e encarou um desafio. Ingredientes indispensáveis em um empreendedor, que enxerga oportunidades e acredita nelas.
Pense nisso.
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