23 de ago. de 2010

Sexo frágil?

Temos que admitir. O cenário das eleições 2010 é diferente de outros anos. Dos três principais concorrentes ao cargo de presidente da república, duas são mulheres (Dilma e Marina). Quem diria? Mulheres concorrendo de igual para igual com os homens. Não estou aqui para defender nenhuma das duas, nem o Serra. Até porque não sei em quem vou votar ainda e, mesmo que soubesse, minha proposta aqui não é fazer ideologia política.

Fico satisfeita em perceber que o chamado “sexo frágil” vem conquistando seu lugar ao sol há tempos. Hoje, nós já ocupamos cargos importantes nas empresas, mostramos que podemos, sim, ter filhos e nos dedicar a uma carreira. Óbvio que as mulheres ainda são as que precisam abdicar de alguma coisa para construir uma família, mas somos campeãs em “se virar nos 30” para dar conta de tudo.

É bom observar essa mudança de comportamento da mulher. Deixamos de ser apenas a companheira dos homens e passamos a ganhar nossa posição na sociedade. A política de salários ainda não é a mesma em muitos lugares, somos vistas como barbeiras no trânsito e loiras são consideradas burras. Clichês que pedem menos preconceito e mais reconhecimento da sociedade, mas sabemos que somos capazes.

Mas nem todas as mulheres se conscientizaram de seu papel e seu valor na sociedade. As que se calam em meio a agressões e não contam com o amparo da Lei Maria da Penha, por exemplo, são muitas. Há muitos homens covardes, que ainda insistem em resolver tudo no tapa. E as mulheres, por medo, ou por falta de informação, na maioria das vezes, calam-se. Absurdos que ainda atormentam o sexo feminino.

Além disso, parece que a história de jogar o sutiã na fogueira ficou mesmo no passado. Muitas mulheres têm alimentado conceitos machistas com exposição gratuita na web ou usando o corpo para conseguir vantagens. Isso é, infelizmente, lamentável. Depender apenas de atributos físicos pode ser perigoso. Em que plano ficam a inteligência, os valores e outras qualidades das mulheres que se limitam a bumbuns e seios? Um corpo legal pode chamar atenção em primeiro momento, mas se as ideias não ajudarem... Fica difícil.

É realmente o extremo: enquanto algumas querem governar um país ou conquistar um cargo melhor na empresa, outras se contentam apenas com exibicionismo. Se isso basta, não tenho mais nada a dizer.

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