Temos que admitir. O cenário das eleições 2010 é diferente de outros  anos. Dos três principais concorrentes ao cargo de presidente da  república, duas são mulheres (Dilma e Marina). Quem diria? Mulheres  concorrendo de igual para igual com os homens. Não estou aqui para  defender nenhuma das duas, nem o Serra. Até porque não sei em quem vou  votar ainda e, mesmo que soubesse, minha proposta aqui não é fazer  ideologia política.
Fico satisfeita em perceber que o chamado “sexo frágil” vem conquistando  seu lugar ao sol há tempos. Hoje, nós já ocupamos cargos importantes  nas empresas, mostramos que podemos, sim, ter filhos e nos dedicar a uma  carreira. Óbvio que as mulheres ainda são as que precisam abdicar de  alguma coisa para construir uma família, mas somos campeãs em “se virar  nos 30” para dar conta de tudo.
É bom observar essa mudança de comportamento da mulher. Deixamos de ser  apenas a companheira dos homens e passamos a ganhar nossa posição na  sociedade. A política de salários ainda não é a mesma em muitos lugares,  somos vistas como barbeiras no trânsito e loiras são consideradas  burras. Clichês que pedem menos preconceito e mais reconhecimento da  sociedade, mas sabemos que somos capazes.
Mas nem todas as mulheres se conscientizaram de seu papel e seu valor na  sociedade. As que se calam em meio a agressões e não contam com o  amparo da Lei Maria da Penha, por exemplo, são muitas. Há muitos homens  covardes, que ainda insistem em resolver tudo no tapa. E as mulheres,  por medo, ou por falta de informação, na maioria das vezes, calam-se.  Absurdos que ainda atormentam o sexo feminino.
Além disso, parece que a história de jogar o sutiã na fogueira ficou  mesmo no passado. Muitas mulheres têm alimentado conceitos machistas com  exposição gratuita na web ou usando o corpo para conseguir vantagens.  Isso é, infelizmente, lamentável. Depender apenas de atributos físicos  pode ser perigoso. Em que plano ficam a inteligência, os valores e  outras qualidades das mulheres que se limitam a bumbuns e seios? Um  corpo legal pode chamar atenção em primeiro momento, mas se as ideias  não ajudarem... Fica difícil.
É realmente o extremo: enquanto algumas querem governar um país ou  conquistar um cargo melhor na empresa, outras se contentam apenas com  exibicionismo. Se isso basta, não tenho mais nada a dizer.
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