13 de set. de 2010

Sobre a morte

Certas coisas me intrigam muito e eu tenho a plena certeza de que algumas delas causarão desconforto pelo resto de minha vida. Uma delas é a morte. Já falei desse assunto em duas ocasiões no meu blog, porém, pela terceira vez, sinto vontade de escrever mais sobre isso. Talvez porque, em apenas uma semana, três pessoas conhecidas se foram – e essas três pessoas vão fazer falta para pessoas muito queridas para mim.

A morte é a única certeza que temos na vida. Você não sabe se vai acordar amanhã, não sabe se vai viajar nas próximas férias ou se vai ter dinheiro para adquirir um novo carro. Você só sabe que vai morrer um dia. Não sabe se a data está próxima, se está distante. Não conhece a causa – não tem ideia se será lenta, se será rápida. Não sabe se terá tempo de fazer tudo que queria, conhecer todas as cidades que sonha conhecer, visitar todos os lugares que sempre quis visitar. Provavelmente não, já que o ser humano nunca está plenamente satisfeito – e essa é justamente a essência da vida: ter algum propósito.

Quando alguém perto de mim se vai – não um parente ou amigo, mas pessoas próximas, como as que eu citei aqui – eu me ponho a refletir sobre o assunto. Afinal, vai chegar a hora em que as pessoas que mais amamos vão nos deixar, para sempre. E, por mais tentemos, nunca estaremos preparados.

Aqui, o ditado pode ser piegas ou “chavão”, mas é o mais verdadeiro: nunca, nunca, deixe para dizer depois às pessoas o quanto elas são importantes na sua vida. Demonstração de afeto e carinho não faz mal. Não gasta e não dói. Muito pelo contrário: desperta bons sentimentos e causa boas sensações. Adoro Natal, Ano-novo, Dia dos Pais e das Mães, aniversário e Páscoa. Mas esses dias são celebrações pontuais. Para dizer “eu te amo” e “você é importante” não é necessário hora, nem local marcado. Afinal de contas, o que importam são as pessoas, o sentimento que temos por elas e o que nos deixa unidos.

Afinal, infelizmente, não temos bola de cristal e não saberemos quando elas vão nos deixar – ou nós vamos deixá-las. Uma doença pode surgir, um acidente pode acontecer, uma fatalidade pode ocorrer. Triste? Trágico? É, porém, infelizmente, são as regras da vida – e não há nada que possamos fazer para mudar isso. Resta a nós, apenas, aproveitar a nossa vida – e as pessoas que fazem parte dela – enquanto há tempo. Pense nisso.

Um comentário:

Mel Micheletti disse...

Além de não deixarmos de expressar nossos sentimentos para com quem realmente nos importa é indispensável não deixarmos de viver cada momento de nossas vidas, outro chavão que acaba sendo esquecido.

Seu blog é demais!!

Bjosss
melmicheletti.blogpost.com