21 de set. de 2010

Tristezinhas...

Tem dias que é preciso chorar. Acho que essa é uma válvula de escape de muitas mulheres. Ou então, simplesmente ficar triste. Sem um motivo que mereça o luto 24 horas, mas por pequenas pedras que se acumulam pelos caminhos da vida e, num momento oportuno – ou não – causam a explosão, a chuva de lágrimas. Eu diria que, sem uma choradeira mensal, muitas mulheres já teriam enlouquecido. Ou, largado a postura politicamente correta, colocando em risco, assim, empregos, relacionamentos e amizades.

É o estar sensível, a virose de tristeza. Ela chega de mansinho, através de um acontecimento aqui, um aborrecimento ali, um cansaço acolá. Por vezes, a tristezinha temporária avisa. É quando você acorda e sente algo estranho, parece adivinhar que algo vai cruzar seu caminho – e não será bom. Até que o fato não se consolide, a agonia continua. E você sente medo dela. É porque ela já te acompanhou outras vezes e você sabe que a danada não traz coisas boas.

Não é nenhuma tragédia grega, não é o fim do mundo, nem a morte de ninguém. Mas é o suficiente para te deixar down, sem vontade de fazer o que faz de costume, sem muita vontade de sorrir. Dá vontade de dizer verdades, de gritar com quem te deixou assim (se foi alguém), de sumir, de mudar de ares, de fugir pra bem longe. Em poucos minutos, muitas coisas passam pela cabeça. E elas chegam. As lágrimas.

Ah, as lágrimas. Elas molham o rosto, fazem você soluçar. Aí você se recorda de um pequeno fato que estourou seu limite de boa moça e dá pequenos gritinhos desesperados de choro. E chora mais e mais. Quem está do seu lado só pode te confortar. Se não houver ninguém, só resta o travesseiro. Músicas lentas também ajudam. O olho incha, o corpo relaxa, pequenos soluços quebram o silêncio. E depois, passa. A vida faz sentido de novo.

É quase uma sessão de descarrego. Sorrir faz bem. Chorar também.

Don’t worry. Be happy.

2 comentários:

Filipe disse...

Ainda bem que Deus criou as lágrimas...

Cada uma delas que escorrem pelo rosto é um peso a menos que deixamos no coração.

Bjs

João Lenjob disse...

Adorei a crônica e também seu blog que, certamente voltarei. Aguardo sua presença no meu.

João Lenjob.

Um Milhão de Flores
João Lenjob

Carrego na esperança as rosas
Chego já portando um milhão de flores
Trago no olhar o céu repleto de estrelas
E num presente embrulhado com meu coração
Reflito a possiblidade de um recomeço
Penso na proposta de reeacreditar no peito
Vivo a interferência do renascimento
E já não tenho medo de ressuscitar pros sonhos
Sonho ao teu lado, ladeando tua vida
Tua vontade e meu sentimento
O teu, o meu e o nosso amor.